Sempre tem aquele assunto delicado, no qual a gente faz de tudo pra não tocar. Pra mim, esse assunto é finanças. Comecei a trabalhar aos 14 anos, e desde então sempre tive meu dinheiro - mesmo que pouco. Fora a minha família, nunca gostei da ideia de ter que pedir emprestado (ou mesmo dado) de outra pessoa.
Quando entreguei minha vida para missões, passei muito tempo quebrando a cabeça, pensando de que forma eu levaria a vida sem ter que pedir nada a ninguém. Ficava pensando em formas de me sustentar sem precisar de gente que me apoiasse nessa área. E cheguei à conclusão de que eu estava errada, e que o nome desse pecado era orgulho.
De verdade, ainda é difícil. Imagina você ter que pagar suas contas, criar filhos, comprar coisas das quais precisa, etc, dependendo de um recurso que você nem sabe se virá! É um teste diário de fé. Conheço missionários que, a cada mês, têm que fechar os olhos e confiar que Deus vai prover. Daí eu olho pra mim mesma e penso: foi isso que eu escolhi! E o meu desejo de estar em missões não pode ser maior que esse orgulho sem razão.
Quando voltei da minha última viagem missionária, da Argentina, meu pastor disse que era hora de deixar a igreja participar mais - inclusive financeiramente. No dia 30 de outubro, contei à igreja sobre a ida ao Quênia. Depois de respirar fundo muitas vezes e fazer longas pausas para pensar nas melhores palavras, admiti que precisava de ajuda. E qual não foi minha surpresa quando, ao final do culto, várias pessoas se propuseram a ajudar! Fiquei muito sensibilizada e grata a Deus. Foi um banho de água fria no meu orgulho.
Infelizmente, o mal uso que muitas Igrejas têm feito dos dízimos e ofertas tem criado perante à sociedade uma imagem horrível: a ideia de que igreja é lugar de pedintes, mercenários, ladrões... Sim, gente. Tem muita gente usando o nome de Deus para pedir, mas agindo como o diabo para gastar. Quero, de coração, que você entenda que não é assim. Salvação não se compra, cura não está em objetos e você não vai ser mais feliz se comprar óleo tal, fronha tal, bíblia tal... Precisamos acreditar que pessoas que pregam essa mentira são minoria, e que elas receberão o castigo que merecem por explorarem a ingenuidade de crentes de boa fé.
Meu pai me ensinou que precisamos dar às pessoas a oportunidade de se sentirem úteis. Tem gente que, ao contrário de mim, não pode ir para missões, mas deseja participar. Existem várias formas de fazer isso, e uma delas é contribuir financeiramente.
Ainda estou lutando contra mim mesma, e estou aprendendo... E se você está disposto a participar da minha viagem comigo, eu estou disposta a aceitar sua ajuda.
Visite a nova página que criei, a aba Quer ajudar?.
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Por hoje é só! Estou sonhando com o Quênia dia e noite...
Deus abençoe você!
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